Big Festival 2023: Uma Nova Direção Rumo à Diversidade Indie

Big Festival 2023: Uma Nova Direção Rumo à Diversidade Indie

O Big Festival 2023 está chegando com muitas novidades após ser adquirido recentemente pela Omelete. As mudanças vão além do aspecto visual e trazem transformações estruturais, incluindo um aumento no preço do ingresso e a inclusão de elementos da CCXP, como painéis, meet and greets e uma área dedicada aos artistas, a famosa Artist Valley, embora em escala reduzida.

Para os amantes de jogos independentes e desenvolvedores, o Big Festival sempre foi um dos eventos mais aguardados, pois foca em destacar os pequenos e os desenvolvedores independentes, oferecendo-lhes uma visibilidade maior do que a dos gigantes da indústria. Como um “old school” dos desenvolvedores de jogos, eu pessoalmente me interesso muito mais pelos jogos “de garagem” do que pelos grandes lançamentos.

Embora o novo formato do Big Festival esteja mais comercial, é importante ressaltar que os jogos indie ainda marcaram presença, e pude me divertir muito conversando com os desenvolvedores de cada um deles. Na lista dos jogos mais impressionantes, destacam-se:

Lost in Play, um jogo de quebra-cabeça para todas as idades desenvolvido pela Happy Juice Games e distribuído pela Joystick Ventures. A história se passa na “imaginação” de dois irmãos, Toto e Gal, que se perderam nela durante uma brincadeira inocente e hilariante. Com uma bela arte e enigmas incríveis, passamos um bom tempo envolvidos neste jogo.

Ultra Foodmess 2 é o mais novo jogo de festa desenvolvido pelo estudio brasileiros da Riftpoint Entertainment, com uma proposta divertida, caótica e deliciosa! Ideal para passar horas se divertindo com os amigos, o jogo traz muitos desafios. A ideia é que diferentes tipos de alimentos disputem desafios pelo mundo, e a comida que conquistar cinco desafios primeiro vence. Os mini games são incrivelmente divertidos, incluindo batata-quente em um ringue de boxe, mini futebol, brigas por um oásis e muito mais. O jogo é desafiador e divertido.

O estúdio independente brasileiro Minimol Games apresentou um dos jogos de quebra-cabeça mais estranhamente divertidos que já joguei. Eles tiveram a brilhante ideia de combinar xadrez com jardinagem. O jogo se passa em um mundo minimalista baseado em fazendas e jardins, no qual você é desafiado a “cultivar” a horta e prepará-la para a colheita usando um cavalo do xadrez, e cada movimento condiciona a sua plantação. Com regras estranhas e bem planejadas, o tabuleiro onde você movimenta o seu cavalo desafia a sua mente.

O estúdio brasileiro 67 Bits marcou presença no festival, apresentando o seu jogo casual para dispositivos móveis, “My Zombie World”. Com uma mecânica simples e muito divertida, você precisa usar apenas uma mão para jogar. A ideia é controlar o ZOMBIE REI e, com outros zumbis te seguindo, mostrar a eles onde pegar cérebros, a melhor estratégia para derrotar inimigos armados e tanques de guerra, além de reunir o maior número possível de comedores de cérebros para derrubar as barreiras. O jogo já está disponível na Play Store e vale cada minuto de diversão.

Com a inclusão de áreas temáticas, o aumento do número de patrocinadores e a presença de grandes palcos, o novo formato do Big Festival promete atrair um público muito maior do que estamos acostumados. Isso, no entanto, tornou o evento mais caro. Esperamos que, ao mesmo tempo, ele traga bons negócios e continue proporcionando espaço para os pequenos desenvolvedores exporem suas ideias criativas a um custo baixo ou até mesmo zero, como sempre foi. Temos certeza de que só tende a melhorar. Agora, se cobrarem valores absurdos com poucos benefícios, seguindo o exemplo da CCXP, corremos o risco de transformar mais um evento em um local com estandes grandiosos e torneios de jogos, algo que a BGS já faz muito bem. Vamos torcer para que a equipe do Omelete tome as decisões corretas e continue proporcionando um espaço para jogos criativos e diferenciados no Big Festival.